Neste artigo, partilhamos 6 hábitos comuns que, embora pareçam inofensivas, contribuem para um imposto mais elevado — e explicamos o que pode ser feito para as corrigir legalmente.

1. Não pedir faturas com NIF da empresa

É comum os responsáveis comprarem materiais, almoçarem com clientes ou pagarem serviços e não pedirem a fatura com o número de contribuinte da empresa.

📌 Impacto: essas despesas não podem ser deduzidas, o que aumenta o lucro tributável e, por consequência, o IRC.

2. Misturar despesas pessoais com as da empresa

Pagar contas pessoais com o cartão da empresa é um hábito recorrente.

📌 Impacto: além de gerar problemas com a contabilidade, leva à não aceitação das despesas ou à aplicação de tributações autónomas mais elevadas.

3. Adquirir viaturas de gama alta sem estudar o impacto fiscal

A compra de viaturas ligeiras de passageiros acima de certos valores (ex: >27.500 €) implica limites à dedução dos gastos e tributações autónomas agravadas.

📌 Impacto: a empresa paga mais IRC mesmo que apresente prejuízo.

4. Falta de controlo sobre despesas de representação e ajudas de custo

Se a empresa não regista corretamente quem viajou, onde, porquê e em que contexto, estas despesas podem ser consideradas não justificadas.

📌 Impacto: são sujeitas a tributações autónomas e, consoante os casos, podem chegar até 50%.

5. Ignorar os benefícios fiscais

O Estado português apresenta uma variedade de benefícios fiscais que podem reduzir significativamente o IRC das empresas — especialmente aquelas que investem no crescimento interno e valorizam os seus colaboradores. Muitos empresários, no entanto, ainda desconhecem estas oportunidades.

📌 Impacto: ao não aplicar corretamente estes incentivos, a empresa paga mais IRC do que seria necessário, mesmo estando em crescimento ou a aumentar salários.

🔹 Incentivo à Capitalização das Empresas (ICE)

Permite às empresas deduzirem ao lucro tributável um montante calculado com base nos aumentos líquidos dos capitais próprios (como entrada de capital dos sócios ou retenção de lucros), com uma taxa baseada na Euribor + 2 pontos percentuais.

➡️ Benefício: estimula o reforço da estrutura financeira da empresa e reduz diretamente o IRC a pagar.

🔹 Incentivo Fiscal à Valorização Salarial

Prevê uma majoração de 200% dos encargos com aumentos salariais (face ao ano anterior), desde que sejam permanentes e cumpram critérios definidos.

➡️ Benefício: permite deduzir mais do que o valor efetivamente pago em salários — uma forma de valorizar os colaboradores e poupar em IRC ao mesmo tempo.

📎 Nota final: Ignorá-los por desconhecimento ou falta de planeamento pode traduzir-se numa perda direta de vantagem fiscal no final do ano.

6. Não reunir com o contabilista durante o ano

Muitos empresários só falam com o contabilista no momento de fechar contas, quando já é tarde para corrigir ou planear.

📌 Impacto: sem esse acompanhamento, não existem decisões preventivas e atempadas, o que resulta num imposto final mais alto.

Conclusão

Estes hábitos são comuns e muitas vezes passam despercebidos no dia a dia da gestão. Com pequenos ajustes e alguma orientação, é possível melhorar a eficiência fiscal da sua empresa e evitar custos desnecessários.

Se quiser perceber como aplicar estas melhorias ao seu caso concreto, estamos disponíveis para conversar — sem compromisso. E, caso faça sentido para si, podemos garantir um acompanhamento contínuo e ajustado à realidade do seu negócio.

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Estamos aqui para o ajudar a tomar decisões com confiança, sempre com o objetivo de reduzir a sua carga fiscal de forma transparente e eficaz.

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O IRC (Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas) é uma das principais obrigações fiscais que as empresas enfrentam em Portugal. No entanto, o que muitos empresários não sabem é que, mesmo cumprindo todas as regras, podem estar a pagar mais imposto do que seria necessário.

Pequenas decisões do dia a dia, hábitos rotineiros ou simplesmente a falta de planeamento ao longo do ano podem levar a um aumento significativo do IRC, sem que disso se tenha real noção.

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